sábado, 1 de novembro de 2008

Viva Pelé do pé preto

Uma das coisas que um estrangeiro, principalmente sul-americano, brasileiro, pobre e com cabelo de preto, teme, ao chegar em um pais europeu, é a passagem pela alfândega. Então, nós, pretos meio pelés e sem nenhum comando a não ser o dos próprios pés, nos vemos em uma situação das mais passíveis da histórica escrotagem nórdiga. No caso eu, Tamara, 24 anos, seis meses estudando em Londres ao invés de três porque gostaria de não pensar em cálculos neste momento (isso me foi questionado na alfândega), deveria ou não temer um retorno imediato - deportation of imigration? Depois de responder que eu apenas gostaria de estudar, além de viver uma vida menos ordinária, tive que passar por um raio-x de pulmão. Poderia meu pulmão ser colombiano, continuo me perguntando até que ponto não, até que ponto aparentemente não, também. Eu sou a Colômbia do nariz empinado e não vou baixar a cabeça, só as calças porque meu inglês ainda não funciona bem e eu nem sei para onde estão me levando. E antes Colômbia que Estados Unidos. E antes aqui que no mesmo lugar. Raio-x do tórax, nenhuma evidência. A passagem está livre. E eu, acho que a cada dia mais...

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