- São duas horas da tarde. Raios solares. O sol. A luz. Lembranças em escala dos últimos dez dias. Mil anos a dez. Fast as you can. Rasgadas de frio.
- Feijão preto.
- Nos últimos dias o inverno chegou e as pessoas continuam indo, no frio, como se nada tivesse acontecido. Uma menina sorri de vestido curto e salto alto, nada mais. Me pergunto como. Como se nunca parasse tal qual 25 de novembro, o dia do transporte parar. Você tem que permanecer onde está, a não ser que pague um táxi-fortuna. Jean Charles já morou nesta casa. O transporte é o entre.
- Vai corre, filma e fotografa, que o ano novo vai atacar pela televisão! Desembarcando pelas entradas do metrô.
- Dentro dos clubs jovens possuídos vibram o primário. Please dont stop the music. Um nazista desesperado grita "fucking nigger". Ninguém vê. Ele caminha possuído pelo ônibus e tropeça em sua sombra. Sorrisinhos de canto de boca.
- Gerações de exus baixam no centro da cidade. Fogos-de-artifício. Portões fechados. Policiais a espera e um acto terrorista. Melhor hora não haverá. Passe-livre no centro da cidade.
- Talvez você não consiga perceber que mesmo que o dia termine as quatro horas da tarde ainda há a noite pela frente, que também é dia. O frio das ruas, o cigarro, as luvas, as horas de trabalho, as bactérias dos casacos fedorentos, a poeira dos lugares e a sinusite.
- Este é o ano da Rainha de Paus.
Um comentário:
Feliz ano-novo, querida Tamarinha!! Você também se rebelou contra a reforma ortográfica??! rs Saudades! Beijos!
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